Monday, August 31, 2009

Cuide bem dos seus pés

Os pés são órgãos responsáveis pela sustentação do corpo, equilíbrio e estabilidade dos movimentos. São eles que fazem o nosso contato real com o solo. Fundamental para uma postura ideal do corpo e absorção do impacto causado pelo movimento. Os pés e estão adaptados para fornecer a mobilidade necessária para se adaptar aos diversos tipos de solo.
Veja que interessante, a parte da frente do pé, ou, ante-pé recebe 43% do peso corporal e a parte posterior, ou, retro-pé recebe 57% deste peso.
Mesmo com uso de saltos, no caso das mulheres ou calçados com solado mais duro (couro, madeira)como os homens, um bom trabalho de alongamento e relaxamento da musculatura de coxas e pernas evita sobrecarga excessiva e evitam lesões musculares e articulares.
Algumas dicas:

1)Faça um bom investimento nos seus pés tanto com calçados adequados e um bom tempo de repouso e relaxamento.
2)Use calçados adequados para cada esporte. O tênis de corrida, por exemplo, não serve para jogar basquete. O calçado para corrida é leve, estruturado para a repetição de movimentos e com pouca variação de movimentos laterais. Já o tênis de basquete é completamente diferente. Ele precisa ser forte e pesado para conter os pés nos saltos para as cestas e evitar a torção lateral do tornozelo.
3) Mantenha os pés limpos e secos. Use meias confortáveis e capazes de absorver o suor produzido pelo esforço.
4) Não use calçados apertados ou muito largos. O gasto de energia é excessivo e desnecessário. As le~soes de pele e da estrutura do pé não tardam a chegar.
5) Troque o calçado com frequência para evitar humidade excessiva nos pés. Isto pode gerar infecções tipo micose.

Aproveite estas dicas e tenha ótimos treinos!

Monday, August 17, 2009

Fratura de estresse

Olá amigos! Este é um assunto importante, mas pouco valorizado no dia-a-dia. Espero que gostem e possam aplicá-lo. Boa leitura!
Fratura de estresse é a quebradura óssea relacionada à solicitação excessiva dos ossos, de maneira contínua e persistente, relacionadas, muitas vezes, ao treinamento físico. Nos treinamentos de corrida, por exemplo, ocorre devido à sobrecarga de exercícios acima do limite que a musculatura e os ossos podem suportar. É o que chamamos de overuse ou overtraining.
Inicialmente, os músculos são levados à fadiga. Passa a ser frequente, então, aquela sensação de que o treinamento não alcançou o resultado esperado. A sensação de cansaço, por sua vez, também se torna cada vez mais presente.
Como forma de compensação para esta deficiência, o corredor mantém a carga de esforço semelhante, mas associa, muitas vezes, algum suplemento alimentar que diminua a sensação de fadiga. O resultado é uma tolerância melhor aos esforços, mas a sobrecarga às estruturas musculares e ósseas continua.
Outro sinal de grande importância, mas muitas vezes ignorado pelos corredores, são as dores durante e após os esforços. Um exemplo bom e relativamente comum disso é a canelite, quadro inflamatório na região anterior da perna marcado por dor intensa nos esforços e também em repouso, e que só melhora com a interrupção do ritmo de treinamento.
O quadro de fraturas de estresse ocorre pela persistência deste ritmo. No final, o grande prejuízo é a interrupção total do treinamento físico para uma eficaz recuperação. Para minimizar os riscos de uma fratura de estresse, lembre-se de algumas dicas muito importantes:
1- A corrida é uma sucessão de movimentos de repetição que estimula a melhora da resistência aeróbia (endurance) sem usar muito a força muscular. Como os treinamentos são muito parecidos, variando apenas na velocidade de corrida e no tempo dos treinos, alguns cuidados devem ser tomados para que não existam lesões como as fraturas de estresse.
2- O melhor treinamento de corrida associa, em perfeito equilíbrio, o trabalho de resistência (treinos de corrida propriamente ditos), com o trabalho de força muscular, no qual os músculos serão treinados individualmente para garantir o perfeito funcionamento do sistema muscular e ósseo.
3- Conheça os seus limites de treinamento pela orientação especializada de um médico do Esporte.
4- Cuidado com o calçado esportivo e o tipo de solo onde você treina. Calçados pouco confortáveis e não adequados para seus pés podem causar problemas musculares e ósseos da mesma forma. O tipo de terreno para treinamento é igualmente importante.
5- A alimentação deve ser adequada, mantendo uma boa disponibilidade de nutrientes para suprir a necessidade calórica de um treinamento intenso.
6- Cuide bem do seu sono. O repouso correto permite o relaxamento muscular adequado e uma boa recuperação das estruturas ósseas e articulares.
7- Procure gerenciar bem o seu estresse cotidiano. O estresse excessivo leva o corpo a um estado de fadiga adicional, “roubando” uma boa parte da energia destinada ao seu treinamento.
Por fim, não transforme seu treinamento em uma obsessão para alcançar uma boa qualidade de vida. Procure seguir seus limites corporais. E lembre-se: deve haver tempo para treinar, para comer, relaxar e dormir.

Thursday, August 13, 2009

Doping no atletismo brasileiro

Caros amigos, esta é a Nota Oficial da Sociedade Brasileira de medicina do Exercício e do Esporte sobre o doping dos atletas da seleção brasileira de atletismo flagrados em uso de eritropoetina recombinante. Importante é a posição de um órgão tão importante e com grande autoridade em avaliar este tipo de situação.

Um abraço!


NOTA OFICIAL À IMPRENSA
A Diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME) vem a público lamentar a ocorrência do recente caso de doping envolvendo cinco atletas da equipe nacional que disputará o Campeonato Mundial de Atletismo, em Berlim.
Cabe esclarecer ao público leigo que a substância Eritropoietina recombinante humana (conhecida pela sigla EPO) é considerada doping, além de ser um medicamento cuja indicação mais freqüente é o tratamento de anemia grave em pacientes portadores de insuficiência renal crônica, condição clínica que é incompatível com o esporte competitivo. Assim, não haveria justificativa médica para o seu uso em atletas de alto rendimento.
Esta substância é liberada pela ANVISA para uso clínico e sua venda em todo o território nacional só pode ser realizada mediante prescrição médica. Desta forma, causa espécie o fato dessa substância supostamente ter sido “prescrita” e administrada por um profissional não médico, o que poderia caracterizar exercício ilegal da Medicina. A SBME externa, ainda, a sua profunda preocupação pelos mecanismos possivelmente tortuosos que permitiram que uma substância com essas características tenha sido adquirida e administrada nesses atletas.
Fatos como esse, que acabam por afetar de forma irremediável a carreira de diversos profissionais ligados ao esporte, reforçam a necessidade da presença de um profissional especializado em Medicina do Esporte ligado diretamente às confederações e às equipes desportivas, como integrante da equipe multidisciplinar.
Reafirmamos o compromisso da SBME com o exercício e o esporte como instrumentos de promoção da saúde e com a defesa incondicional do conceito de “jogo limpo”.
Parabenizamos a Confederação Brasileira de Atletismo e o Rede Atletismo pela pronta atitude manifestada em Nota Oficial e expressamos a nossa confiança nas autoridades responsáveis pela apuração desses fatos, para que uma ocorrência tão obscura e tão lamentável para o esporte nacional e internacional não volte a ocorrer jamais.

Diretoria da SBME