Monday, August 17, 2009

Fratura de estresse

Olá amigos! Este é um assunto importante, mas pouco valorizado no dia-a-dia. Espero que gostem e possam aplicá-lo. Boa leitura!
Fratura de estresse é a quebradura óssea relacionada à solicitação excessiva dos ossos, de maneira contínua e persistente, relacionadas, muitas vezes, ao treinamento físico. Nos treinamentos de corrida, por exemplo, ocorre devido à sobrecarga de exercícios acima do limite que a musculatura e os ossos podem suportar. É o que chamamos de overuse ou overtraining.
Inicialmente, os músculos são levados à fadiga. Passa a ser frequente, então, aquela sensação de que o treinamento não alcançou o resultado esperado. A sensação de cansaço, por sua vez, também se torna cada vez mais presente.
Como forma de compensação para esta deficiência, o corredor mantém a carga de esforço semelhante, mas associa, muitas vezes, algum suplemento alimentar que diminua a sensação de fadiga. O resultado é uma tolerância melhor aos esforços, mas a sobrecarga às estruturas musculares e ósseas continua.
Outro sinal de grande importância, mas muitas vezes ignorado pelos corredores, são as dores durante e após os esforços. Um exemplo bom e relativamente comum disso é a canelite, quadro inflamatório na região anterior da perna marcado por dor intensa nos esforços e também em repouso, e que só melhora com a interrupção do ritmo de treinamento.
O quadro de fraturas de estresse ocorre pela persistência deste ritmo. No final, o grande prejuízo é a interrupção total do treinamento físico para uma eficaz recuperação. Para minimizar os riscos de uma fratura de estresse, lembre-se de algumas dicas muito importantes:
1- A corrida é uma sucessão de movimentos de repetição que estimula a melhora da resistência aeróbia (endurance) sem usar muito a força muscular. Como os treinamentos são muito parecidos, variando apenas na velocidade de corrida e no tempo dos treinos, alguns cuidados devem ser tomados para que não existam lesões como as fraturas de estresse.
2- O melhor treinamento de corrida associa, em perfeito equilíbrio, o trabalho de resistência (treinos de corrida propriamente ditos), com o trabalho de força muscular, no qual os músculos serão treinados individualmente para garantir o perfeito funcionamento do sistema muscular e ósseo.
3- Conheça os seus limites de treinamento pela orientação especializada de um médico do Esporte.
4- Cuidado com o calçado esportivo e o tipo de solo onde você treina. Calçados pouco confortáveis e não adequados para seus pés podem causar problemas musculares e ósseos da mesma forma. O tipo de terreno para treinamento é igualmente importante.
5- A alimentação deve ser adequada, mantendo uma boa disponibilidade de nutrientes para suprir a necessidade calórica de um treinamento intenso.
6- Cuide bem do seu sono. O repouso correto permite o relaxamento muscular adequado e uma boa recuperação das estruturas ósseas e articulares.
7- Procure gerenciar bem o seu estresse cotidiano. O estresse excessivo leva o corpo a um estado de fadiga adicional, “roubando” uma boa parte da energia destinada ao seu treinamento.
Por fim, não transforme seu treinamento em uma obsessão para alcançar uma boa qualidade de vida. Procure seguir seus limites corporais. E lembre-se: deve haver tempo para treinar, para comer, relaxar e dormir.